A polêmica do tweet
Elon Musk, o fundador e CEO da Tesla, SpaceX e Neuralink, é conhecido por sua personalidade forte e irreverente. Isso muitas vezes o coloca em situações polêmicas agora proferindo xingamentos aos anunciantes da X. Em uma entrevista recente com Andrew Ross Sorkin, do ‘New York Times’, no evento ‘DealBook Summit’, Musk falou sobre vários assuntos, mas um deles chamou mais a atenção: o xingamento aos que o acusaram de antissemitismo.
Tudo começou quando Musk fez um tweet criticando a mídia, que ele considera tendenciosa e manipuladora. Ele escreveu: “Quem controla a mídia?”. Um usuário respondeu, acusando-o de ser antissemita, pois essa pergunta seria um eco de uma teoria da conspiração que afirma que os judeus controlam a mídia. Musk, então, respondeu com outra pergunta: “Os aliens construíram as pirâmides?”, ironizando a acusação.
A reação dos anunciantes da X
Essa troca de tweets não passou despercebida pelos anunciantes, que viram nela uma oportunidade de pressionar Musk a se retratar. Eles enviaram uma carta a Musk, exigindo que ele apagasse o tweet original, caso contrário, eles retirariam seus anúncios da Tesla. Eles alegaram que o tweet de Musk era ofensivo e irresponsável, e que ele deveria se desculpar publicamente.
Musk, porém, não se deixou intimidar pela ameaça e respondeu com um palavrão: “Vão se f—”. Ele explicou que sua pergunta era uma provocação irônica e que ele não tinha nenhuma intenção de ofender ninguém. Disse também que não se importava com os anúncios, pois a Tesla não faz publicidade e depende apenas do boca a boca dos clientes. Por fim, ele acrescentou que os anunciantes que tentam “chantageá-lo” estão apenas desperdiçando seu tempo e dinheiro.
A repercussão do caso
Após o incidente em que Elon Musk xingou os anunciantes que deixaram o X (antigo Twitter) devido ao seu post considerado antissemita, as reações nas redes sociais foram variadas. Musk, reconhecendo seu erro, pediu desculpas pela postagem, que ele mesmo descreveu como “a pior e mais idiota” que já fez. Ele visitou Israel, encontrando-se com o primeiro-ministro e o presidente do país, numa tentativa de se redimir pelos comentários antissemitas e mostrar que a plataforma não apoia discursos de ódio.
No entanto, apesar do pedido de desculpas, Musk criticou as empresas que suspenderam os anúncios no X, afirmando que não se deixaria chantagear por publicidade ou dinheiro. Ele expressou frustração com a situação, indicando que as ações dos anunciantes poderiam levar a empresa à falência. Esta atitude agressiva em relação aos anunciantes que se afastaram pode não ajudar na reconquista da confiança e no retorno dos mesmos.
As reações nas redes sociais a esses eventos foram misturadas, refletindo tanto apoio quanto críticas a Musk. Algumas pessoas apreciaram sua franqueza e abordagem direta, enquanto outras criticaram sua postura e o impacto negativo que suas ações tiveram na imagem da empresa.
A BBC News fez uma reportagem sobre o caso e entrevistou alguns especialistas. Eles deram suas opiniões sobre o comportamento de Musk e as possíveis consequências para a sua imagem e os seus projetos. Alguns disseram que Musk estava sendo autêntico e que isso era parte do seu apelo. Enquanto outros disseram que ele estava sendo irresponsável e que isso poderia prejudicar a sua credibilidade e a confiança dos seus investidores.
A Forbes também analisou o impacto do tweet de Musk na sua reputação e nos seus negócios, e concluiu que ele não tinha muito a perder, pois a Tesla já era uma empresa consolidada e que não dependia de anúncios para vender seus produtos. Além disso, a revista destacou que Musk tinha uma legião de fãs que o admiravam por sua ousadia e inovação, e que não se importavam com as suas polêmicas.
